As neoplasias quísticas, cada vez mais detetadas, têm significativas diferenças no potencial de malignidade. A EE contribui de forma significativa para a sua diferenciação, de acordo com detalhes estruturais e com as características do fluido quístico obtido por PAAF-EE. No entanto, continua incerta a abordagem mais adequada dos pequenos quistos assintomáticos http://www.selleckchem.com/JNK.html e incidentalmente identificados. O desconhecimento da história natural de alguns subtipos de lesões quísticas condicionam a prática clínica e a consensualidade dos algoritmos de abordagem. A EE é mais sensível que a CPRM e igualmente sensível, mas mais segura que a CPRE na deteção de alterações subtis nas formas ligeiras de
pancreatite crónica, contribuindo SD-208 cost de forma decisiva para o
diagnóstico precoce desta entidade, que é desafiante. Representa, além disso, a modalidade com maior acuidade no diagnóstico de microlitíase biliar e pode ter impacto na abordagem de doentes com pancreatite aguda idiopática, permitindo selecionar os doentes que beneficiarão da realização de CPRE. Nos casos de suspeita de PAI a EE pode acrescentar informação útil, ao demonstrar características morfológicas sugestivas e um padrão elastográfico e de captação de contraste típicos da doença, e deve ser utilizada para excluir malignidade por PAAF. As potencialidades da EE neste âmbito poderão vir a ser ampliadas com a aplicação da elastografia e os agentes de contraste. Atualmente, o maior desafio na área da EE pancreática é a expansão do seu potencial terapêutico, a ser abordado na parte III desta sequência de artigos de revisão. Os autores declaram não haver conflito de interesses. “
“O primeiro caso de esofagite eosinofílica (EE)
foi descrito em 1977, sendo que até 1990 a presença de infiltrado eosinofílico foi sinónimo de doença refluxo gastroesofágico (DRGE). Apenas em 1993 a EE foi considerada como entidade clínica distinta. De facto os sintomas de EE são semelhantes aos da DRGE, daí constituir uma importante dificuldade diagnóstica. No entanto, as características patológicas e os sintomas de EE não respondem ao tratamento de supressão ácida. A EE é uma condição clínica caracterizada por: sintomas gastrointestinais, principalmente esofágicos, GNE-0877 associados à presença de densa eosinofilia (≥ a 15 eosinófilos intraepiteliais/CGA) no material de biópsia, com hiperplasia do epitélio escamoso. A ausência de DRGE deve ser descartada por pHmetria ou falta de resposta clínica após tratamento prolongado com elevada dose (> 2 mg/kg/dia) de inibidor da bomba de protões1, 2, 3 and 4. A eosinofilia esofágica não é exclusiva da EE. A sua presença encontra‐se em inúmeras patologias como: DRGE, doenças infeciosas, doenças do tecido conjuntivo, resposta de hipersensibilidade a drogas, síndrome hipereosinofílica, doenças inflamatórias intestinais ou gastroenterite eosinofílica, entre outras.